Walter Salles vence Oscar e revela que perdeu o discurso: “Governos autoritários desaparecem no esgoto da história
Na noite de 2 de março de 2025, durante a 97ª cerimônia do Oscar, o diretor brasileiro Walter Salles protagonizou um momento histórico ao receber a estatueta de Melhor Filme Internacional por "Ainda Estou Aqui".
Ao subir ao palco, Salles iniciou seu discurso agradecendo à Academia e destacando a importância de Eunice Paiva, dedicando o prêmio a ela. Em meio à emoção, o diretor cometeu um ato inesperado: ao mencionar as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretaram Eunice em diferentes fases da vida, Salles, visivelmente emocionado, interrompeu sua fala e pediu uma salva de palmas para ambas, levando a plateia a uma ovação de pé.
Após a cerimônia, em uma coletiva de imprensa, Salles revelou que havia perdido as notas preparadas para o discurso e, por isso, improvisou no palco. 
Ele compartilhou o conteúdo original que pretendia apresentar, destacando a resiliência de Eunice Paiva e a importância da arte na resistência contra regimes autoritários. 
O discurso planejado incluía a frase:
"Governos autoritários surgem e desaparecem no esgoto da história, enquanto livros, canções e filmes ficam conosco". 
Salles pretendia encerrar com a declaração em português: 
"Viva a Democracia, Ditadura Nunca Mais!" 
O gesto espontâneo de Walter Salles não apenas destacou a importância das atrizes no sucesso do filme, mas também reforçou a relevância de "Ainda Estou Aqui" como uma obra que celebra a resistência e a coragem diante da opressão. 
A vitória no Oscar e o discurso emocionado do diretor serão lembrados como marcos na história do cinema brasileiro.
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